quarta-feira, 30 de julho de 2014

Conheça a história e todos os vencedores da Coxilha Nativista



Por Matias Moura
1ª Coxilha Nativista - 1981

A primeira edição do festival foi realizada no ano de 1981 na sede do antigo “Cine Rio”. A partir desta data, passou a acontecer todos os anos, como importante evento da terra de Erico Verissimo. Olimpio Copetti foi o responsável pela decoração do ambiente. Para compor a ornamentação, pesquisou a história do Rio Grande do Sul, inspirando-se em características do período de 1720 a 1860, resgatando os principais usos e costumes da época.

Foi no couro que Copetti encontrou a fidelidade artística. Os couros Cru, Capim, Santa Fé e Taquaruçu, eram muito usados na construção de ranchos daqueles séculos. Além desse material, foram também utilizados capim, palmeira e taquara para a construção de um “bolicho” de campanha, instalado no palco de apresentação das tertúlias. Os locais decorados por Olimpio foram o bar, o pórtico de entrada, o rancho de recepção e o Parque de Exposições.

A primeira noite, fase local do festival, causou surpresa ao povo cruz-altense que não esperava o sucesso do evento. O público superlotou o “Cine Rio”. O local, que possuía capacidade para 1.300 lugares, teve de acolher aproximadamente 2.000 pessoas que se mantiveram presentes até o último momento do encerramento. Além das apresentações dos concorrentes, shows animaram o público como Pedro Ortaça e Grupo Pesquisa, de Santa Maria. Renato Borghetti foi presença consagrada, tocando em três grupos.
Na segunda noite, nem mesmo o atraso irritou a plateia. O público ansiava pelo início da fase regional.
Intensa e histórica, a primeira edição do evento ficou gravada na memória dos cruz-altenses. A qualidade das apresentações marcou o alto nível do evento, com destaque também para a organização. A Comissão Organizadora viu a Primeira Coxilha conquistar a plateia com êxito, principalmente ao que se refere à qualidade das músicas apresentadas, e a distribuição dos prêmios que coincidiu com a satisfação dos aplausos, embora sob protestos de alguns grupos participantes.

A Comissão Julgadora foi composta por José Vassuer, letrista e capataz da Estância Minuano, professor Nair Vieira Soares, tradicionalista e estudioso do folclore rio-grandense, Mário Barbará, músico de São Borja, Milton Souza, pesquisador e apresentador do programa “Hora da Sesta”, de Uruguaiana e Laurinha Garcês, professora de música, intérprete de músicas regionalistas e representante do Departamento Cultural da Secretaria de Turismo de Passo Fundo.

Das 150 composições inscritas, 27 foram selecionadas e constituíram as três eliminatórias em fase local, regional e estadual.
Léguas de Solidão é a grande vencedora.
Vencedoras da Primeira Coxilha Nativista – 1981:
Melhor Pesquisa – Velho Tripeiro – de Anildo Lamaison de Moraes, Troféu “Erico Verissimo” Intérprete Beto Barcellos e Grupo “Por do Sol”
Melhor Conjunto Instrumental – Grupo Horizonte, Troféu “Pedro Missioneiro”
Melhor Intérprete Masculino – João de Almeida Neto, Troféu “Capitão Rodrigo”
Melhor Intérprete Feminino – Oristela Alves, Troféu “Ana Terra”
Música Mais Popular – Gaita Gaudéria, de Horácio Côrtes e José Sarturi (Nenito), com o Grupo Nativo Reduções
A Grande Vencedora – “Léguas de Solidão” de Humberto Gabi Zanata e Luiz Carlos Borges.

-Retrospectiva dos vencedores -

33ª Coxilha Nativista – 2013

Realizada de 24 a 27 de julho a Coxilha Nativista teve uma edição de retomada de eventos do passado que apresentaram ao longo de sua história muito sucesso. Após alguns anos o Parque de Exposições voltou a receber atividades relacionadas ao festival, como o Acampamento Lenda da Panelinha, torneios de truco, além do Rodeio e do Baile da Coxilha.

O parque também recebeu as apresentações da Coxilha Piá e da 1ª edição do Mi Maior de Gavetão, festival de trovas que foi um verdadeiro sucesso, principalmente em sua fase final disputada no palco da Coxilha no Ginásio Municipal.

As apresentações voltaram a mostrar uma grande qualidade e a Fase Local mostrou mais uma que Cruz Alta tem inúmeros talentos, tanto na interpretação quanto na parte instrumental.
Depois de quatro noites de ótimas apresentações a Comissão Julgadora formada por Luiz Carlos Borges, Érlon Péricles, Marcelo Caminha, Beto Barcelos e Tadeu Martins, escolheu as seguintes composições como vencedoras:

Fase Geral:
1º Lugar: GAROAZITA GALOPEADA (Milonga)
Letra: Evair Gomes / Fernando Soares e Eduardo Soares
Musica: Mauro Moraes
Intérprete: Ita Cunha

2º Lugar: NO OLHAR DA ÚLTIMA CARRETA (Mazurca)
Letra: Diego Muller e Martin Cesar
Musica: Pedro Guerra
Intérprete: Rodrigo Cavalheiro

3º Lugar: SENHOR DO TEMPO E O VENTO (Milonga)
Letra: Volmir Coelho e Othelo Caiaffo
Musica: Volmir Coelho
Intérprete: Volmir Coelho

Fase Local:
1º Lugar: KURUSU YVATE ( Chamamé)
Letra: Alex Della Mea
Musica: Arthur Bonilla
Intérprete: Jean Kirchoff e Nando Soares

2º Lugar: PROSA DE EMPREGO (Chamarra)
Letra: Cezar Silveira
Musica: Cezar Silveira
Intérprete: Cezar Silveira

3º lugar: ALMA PAMPEANA (milonga)
Letra: Lenir Barbosa dos Reis
Musica: Beth Azambuja
Intérprete:Taine Schettert


32ª Coxilha Nativista - 2012

E os "últimos foram os primeiros" na 32ª edição da Coxilha Nativista de Cruz Alta. A última composição a subir ao palco foi a composição "Diálogo de Luz e Sombra" e consagrou-se como a grande campeã desta edição do festival. Tem letra de Marcelo Davila, melodia de Juliano Moreno e foi interpretada por Juliano Moreno e Gustavo Teixeira.

Vencedores:
1º lugar - DIÁLOGO DE LUZ E SOMBRA
Melhor Arranjo
Melhor Conjunto Vocal Letra: Marcelo Domingues D'Ávila
Melodia: Juliano Moreno
Cidade: Santana do Livramento

2º lugar - ESTRELA DE PAPEL
Letra: Juca Moraes e Carlos Omar Villela Gomes
Melodia: Duca Duarte
Cidade: Cruz Alta/Santa Maria/Uruguaiana

3º lugar - GOLPEADOR
Letra: Evair Soarez Gomez
Melodia: Juliano Gomes
Cidade: Santana do Livramento/Porto Alegre
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31ª Coxilha Nativista - 2011 

A 31ª Coxilha Nativista de Cruz Alta teve sua noite final realizada no sábado, 30 de julho e o resultado foi o seguinte:

Primeiro Lugar: Coração de Madeira
Letra: Adriano Alves
Melodia: Cristian Camargo
Interpretação: Marcelo Oliveira, Raineri Sphor, Roberto Borges e Cícero Camargo.

Segundo Lugar:  Vocação
Letra: José Carlos Batista de Deus e Edurdo Muñoz
Melodia: João Bosco Ayalla Rodrigues e Luizinho Correa
Interpretação: Angêlo Franco
Terceiro Lugar: A Estrada do Tempo
Letra e Música: Érlon Péricles
Interpretação: Eraci Rocha e Miguel Marques
Música Mais Popular:  Mate com a Santinha (Leandro Torres Ribeiro)
Melhor Intérprete: Angêlo Franco - Vocação
Melhor Instrumentista:  Lucas Ferrera
Melhor Arranjo: A Terra e o Missioneiro (Rodrigo Bauer/Angelo Franco)
Melhor Vocal: O Contrabandista (João Ari Ferreira/Nilton Ferreira)  com Pirisca Grecco e Grupo Garganteio
Melhor Indumentária:  Coração de Madeira
Melhor Melodia: A Estrada do Tempo (Érlon Péricles)
Melhor Letra:  A Terra e o Missioneiro (Rodrigo Bauer/Angelo Franco)
Melhor Tema Sobre Cruz Alta:  Mate com a Santinha (Leandro Torres Ribeiro)
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30ª Coxilha Nativista - 2010 

Pirisca Grecco lançou a flecha perfeita ao corpo de jurados e à plateia do Ginásio Municipal. O intérprete cantou com sensibilidade e convenceu o júri, composto por Arthur Bonilla, Tadeu Martins, Sandro Cartier, Luís Cardoso e Jean Kirchoff. Os apresentadores Zeca Amaral e Analise Severo foram incansáveis nas oito noites do festival. Nos anos anteriores as edições iniciavam na quinta-feira com término previsto para o domingo. No ano de 2010, tudo foi inovado. O protocolo durou oito dias e o público pode conhecer ou assistir novamente a apresentações das músicas que fizeram história da Coxilha nesses 30 anos.
Após oito noites de cultura musical nativista, no sábado, 31 de julho, foi encerrada a 30ª edição do maior festival de música nativista do estado. O mais antigo sem interrupções presenteou o público com a reapresentação das melhores músicas, trazendo novamente ao palco do Ginásio Municipal - intitulado Palco Jaime Caetano Braum – intérpretes e representantes das músicas que fizeram história desde 1981. Foram quatro noites de Mostra Histórica não competitiva e quatro noites de competição com as músicas da 30ª edição.

Doze músicas da fase geral e três composições da fase local disputaram o título da edição número 30. A qualidade das músicas foi considerada de bom nível. O intérprete Pirisca Grecco usou da sensibilidade para vencer a finalíssima e acertou o alvo do público e dos jurados com uma flechada certeira. A música O Arco e a Flecha é a grande vencedora da 30ª Coxilha Nativista. A composição campeã tem letra de Carlos Omar Villela Gomes e música de Piero Ereno.
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29ª Coxilha Nativista - 2009 

Uma forte epidemia da Gripe Influenza H1N1, que comprometeu o estado do Rio Grande do Sul no inverno de 2009, resultou no cancelamento dos eventos que reunissem aglomeração de pessoas. A Coxilha Nativista, que sempre iniciava sua programação no mês de julho de cada ano, pela primeira vez em sua história, no ano de 2009, ocorreu fora de época.
Outubro já havia perdido as baixas temperaturas do inverno gaúcho e o frio não era mais característica naquele período. O charme do inverno havia passado e a Coxilha Nativista perdia a sua identidade visual. As pessoas não vestiram seus palas e, diferente dos anos anteriores, os cobertores e acessórios para o frio não faziam parte da plateia.
O Corpo de Jurados foi composto por Adão Quintana, Gérson Fogaça, Dorval Dias, Paulo Bratt e Miguel Marques.
De Miguel Bicca, Máximo Fortes e Digo Oliveira e interpretada por Leonardo Paim, “O Meu Silêncio Tem Voz” foi a grande vencedora.

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28ª Coxilha Nativista - 2008 

O ano era 2008 e a Coxilha Nativista trazia o tropeirismo como reflexão e inspiração maior. Como Cruz Alta é uma cidade fundada por tropeiros, nada mais justo que aprofundar as discussões sobre o tema.
O Corpo de Jurados foi composto por João de Almeida Neto, Luiz Onério Pereira, Miguel Bicca, Pedro Figueiredo e Sérgio Rosa. Os apresentadores naquele ano foram Maria Luiza Benitez e Analise Severo.
Durante todo o festival o Ginásio Municipal manteve-se lotado. O Acampamento Lenda da Panelinha no Parque Integrado de Exposições, além de muita música e festas de acampamento, contou com atrações que movimentaram o ambiente. O Bolichão Nativista, o Rodeio das Gineteadas, a Coxilha Piá, o Rally das Coxilhas, a Gincana Nativista.
A música “Justimiano Carrapicho” vence a 28ª Coxilha Nativista.
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27ª Coxilha Nativista - 2007 

Cristiano Quevedo sorriu com os olhos ao interpretar a música que venceu o festival naquele ano. “O Sorriso dos Olhos”, letra de Túlio Souza e Música de Piero Ereno, conquistou os jurados e o público presente, vencendo o festival.

O Corpo de Jurados foi composto por Alexandre Takahama, Jorge Freitas, Jorge Nicola Prado, Juca Moraes e Sabani Felipe de Souza.

A noite de abertura foi representada por um enorme cortejo. As raízes, os filhos e a história de Cruz Alta, traziam a herança genealógica dos 219 municípios gerados por Cruz Alta durante o percurso histórico. A entrada triunfal de um tropeiro, um padre e um índio, que carregaram as bandeiras de Cruz alta, do Rio Grande e do Brasil, marcou a representação desse momento histórico.

“Quando o Campo Fala em Mim”, interpretada por Jean Kirchoff com letra e música de Ramires Monteiro, conquista o segundo lugar.

O terceiro lugar ficou para “Certa Noite Aos Pés da Lua”, interpretada por Ângelo Franco. Com letra de Carlos Omar Vilela Gomes e música de João Bosco Ayala e Pedro Guerra.

“Repartindo a Tarecana” venceu como Música Mais Popular. O Melhor Arranjo contemplou a também grande vencedora, “O Sorriso dos Olhos”. Paulinho Goulart vence como Melhor Instrumentalista. “O Relógio é Um Coração” conquista com a Melhor Letra e Jean Kirchoff vence como Melhor Intérprete. O Melhor Conjunto Instrumental ficou com o primeiríssimo “O Sorriso dos Olhos”, que também contempla o troféu de Melhor Conjunto Vocal. A Melhor Indumentária é de Marcelo Pimentel.
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26ª Coxilha Nativista - 2006 

No ano de comemoração aos 250 anos de Sepe Tiaraju, Jorge Freitas subiu no palco da 26ª Coxilha Nativista para defender a música que venceu o festival de 2006. “Como Se Morre Um Homem Valente” é uma homenagem à Sepe Tiaraju, índio criado pelos padres jesuítas que buscou a paz, mas acabou tendo de lutar pelas terras missioneiras.
De autoria de Gujo Teixeira e Sabani Felipe de Souza, tem como ritmo rasguido doble.
O segundo lugar desse ano ficou para “De Alma Canto e Silêncio”, Marcelo Oliveira e Lisandro Amaral, com autoria de Fernando Soares, Juliano Gomes e Everson Maré.
O terceiro lugar ficou para “Jeito de Viração”, na interpretação de Piriska Grecco, com autoria de Carlos Omar Vilela Gomes e Jair Oliveira Medeiros.

A Música Mais Popular ficou com “Pois é Morena”. O Melhor Arranjo foi para “Jeito de Viração” e o Melhor Instrumentalista foi Fabiano Torres. Como Melhor Letra foi escolhida “Como se Morre Um Homem Valente”, que também venceu o festival. O Melhor Intérprete foi Jorge Freitas e o Melhor Conjunto Instrumental ficou para De Alma, Campo e Silêncio. Melhor Conjunto Vocal do Grupo Status e a Melhor Indumentária de Tropa Ponta Cortada.

Os apresentadores foram David Menezes Jr. e Maria Luiza Benitez. Os Jurados naquele ano foram Ângelo Franco, Edison Macuglia, João Sampaio, Lenin Nuñes e Mauro Moraes.
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25ª Coxilha Nativista - 2005 

Eram exatamente vinte horas e trinta minutos de quinta-feira quando foi iniciada a 25ª edição da Coxilha Nativista. A única na história do festival até então a produzir discos duplos, sendo o primeiro para a fase local e o segundo para a fase geral. A edição de 2005 gerou músicas importantíssimas.
Os apresentadores foram Gabriel Moraes e Maria Luiza Benitez.
Foram aproximadamente 650 músicas ouvidas pelos jurados para a escolha das dez concorrentes da fase local, dez da geral, dez da Piá e dez da Piá Taludo.

João Bosco Ayala Rodrigues, Glênio Fagundes, Valdomiro Maicá e Leonardo Díaz Morales, integraram o corpo de jurados. O quinto componente, Luis Menezes, não pôde comparecer por ter contraído pneumonia, sendo substituído por Adair de Freitas.
“A Hora do Sétimo Anjo” vence a 25ª Coxilha Nativista. A música retrata um romance inacabado de Erico Verissimo. O autor, Carlos Omar Vilela Gomes, cita na letra grande parte das obras do escritor cruz-altense. “Pouso da Cruz Alta”, que conquistou o segundo lugar, retrata a instalação jesuítica.
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24ª Coxilha Nativista - 2004 

Das mais de 500 músicas inscritas, 19 foram escolhidas para subir ao palco da fase estadual e as 12 da fase local. A comissão julgadora - composta por Francisco Alves, Nelcy Vargas, Beto Barcelos, Gaspar Machado e Nilton Ferreira.
A grande vencedora da 24ª Coxilha Nativista retrata ao ritmo da milonga, o sofrimento dos animais na doma e nos rodeios. “A Razão das Esporas”, de Armando Vasquez, João e Adão Quintana foi a melhor, na opinião dos jurados à imprensa, entre as 19 composições concorrentes da fase geral.
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23ª Coxilha Nativista - 2003 

As fases estadual e final do festival foram realizadas no Ginásio Municipal com Show de Intervalo do cantor Elton Saldanha.

Os jurados foram Rossano Cavalari, João Alberto Pretto, Everton Ferreira, Lúcio Yanel e Vaiane Darde.
A programação contou com Os Garotos de Ouro, que animaram o fandango oficial do evento no Pavilhão I do Parque Integrado de Exposições. No sábado, Oswaldir e Carlos Magrão subiram ao palco do festival, pela segunda vez na história da Coxilha Nativista.
“Lua dos Poetas” foi a grande vencedora.


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22ª Coxilha Nativista - 2002 

“No Trono dos Bastos” foi a música campeã da 22ª edição da Coxilha Nativista. Composta e interpretada por Nenito Sarturi e Nilton Ferreira, a chimarrita foi a 9ª música a subir no palco como concorrente na fase final do domingo. O 2º lugar ficou para Sabani Felipe de Souza, que interpretou a música “Saudade de Pai”, de sua autoria. “A Voz das Coxilhas”, um chamamé de autoria de Lenir Schetter, classificou o 3º lugar na fase local e o 3º lugar na fase estadual.

O troféu de melhor intérprete ficou com Analise Severo, com a toada “Paisagens de Primavera”, de Alex Silveira e Nenito Sarturi. O prêmio de melhor conjunto vocal ficou com o Trio de Ouro pela interpretação da música, “Noturna Travessia de Ilusões”, de Jorge Alberto Mota. O Grupo Alma Musiqueira foi escolhido como melhor Conjunto Instrumental pelo acompanhamento na música “Um Gaúcho Vem da Fronteira”, de Gujo Teixeira e Luiz Marenco.

O prêmio de Melhor Instrumentista ficou com Marcelo Caminha. O chamamé “Floripa e Os Pares de França”, de Chico Saga e defendida por Lúcio Pereira, teve o melhor arranjo.

Carlos Omar Vilela Gomes foi o autor premiado pela melhor letra do festival, com “Pelo Céu do Pampa”, musicada por Mano Oliveira e interpretada por Flávio Hansen. A Música Mais Popular, escolhida pela imprensa, foi a vaneira “Patacoada”, de Telmo de Lima Freitas, interpretada por José Fernando Santos, que levou também o prêmio de Melhor Indumentária.
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21ª Coxilha Nativista - 2001

Em seu 21º aniversário, a Coxilha Nativista de Cruz Alta, enfim alcança a maioridade. O show de abertura da 1ª noite foi realizado pelo grupo “O Tempo e o Vento”. Os integrantes que abriram o evento, já haviam se apresentado em grandes cenários do universo cultural. Interpretando personagens de Erico Verissimo, conquistaram o Brasil nos principais palcos do país e, naquela noite, estavam cara a cara com o público.
Com o ginásio quase lotado, a fase local da 21ª Coxilha Nativista agradou o público pelo nível musical. Embora nenhuma canção tenha despertado os presentes, a escolha dos jurados não obteve a simpatia do público.
O número de festivais nativistas estava decaindo no Rio Grande do Sul. Anos anteriores chegavam a uma média de 70 festivais por ano, a ponto de alguns finais de semana serem disputados por três eventos do gênero. No ano em que a Coxilha Nativista alcançava a “maioridade”, seus 21 anos, era um dos poucos festivais que resistia ao tempo.
Uma chimarrita venceu a 21ª Coxilha Nativista. Com interpretação de Piriska Grecco, “De Cima do Arreio” conquistou o público e, além de arrancar a vitória, levou também os troféus de Melhor Arranjo e Melhor Intérprete. Miguel Marques recebeu o 2º Lugar, na interpretação de “No Céu das Missões”.
Já na fase local, a vencedora foi “Na Cruz da Estrada”, com letra, música e interpretação de Felipe Mello, que arrebatou ainda o 3º Lugar na fase estadual, em 2º Lugar, Sentimentos, com Angelino Rogério e, em terceiro, “Abichordado”, interpretada por Victor Cezar Klein.
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20ª Coxilha Nativista - 2000

A Comissão Julgadora foi composta por Mauro Marques, Beto Barcelos, Sabani Felipe de Souza, Nenito Serturi e Maria Luíza Benitez.
Nenito Sarturi e Anelise Severo realizaram o primeiro show da vigésima edição. Logo em seguida, os intérpretes da fase local subiram ao palco para apresentarem as composições concorrentes da fase local.
Para a surpresa do público e dos concorrentes, os jurados quebraram o protocolo e classificaram quatro concorrentes para a fase local, uma a mais do que estava previsto no regulamento.
Segundo a comissão julgadora, houve empate entre as quatro composições e a justificativa que pesou para que passassem todas à final.
Um milonga de Vinícius Brum vence a 20ª Coxilha. “Os Cães Danados da Milonga” eleva o autor em seu segundo ano consecutivo como vencedor da Coxilha.

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19ª Coxilha Nativista - 1999

Sob a coordenação da Secretária de Cultura, Desporto e Turismo, Marlene Bortoli Soares, a 19ª edição da Coxilha ocorreu no ano de 1999, na gestão do prefeito municipal Luiz Pedro Bonetti.
Os apresentadores foram Valéria De Bortoli e Paulo de Freitas Mendonça.
A milonga predominou na maioria dos ritmos e após as apresentações foi realizado um grande baile no Parque de Exposições. A qualidade das composições da fase local foi amplamente elogiada. Apesar de o público ter ficado abaixo das expectativas desta primeira noite.
“Inquietude” vence a 19ª Coxilha Nativista. A letra é de Vaine Darde, música de Sabani Felipe de Souza e interpretação de Vinícius Brum. A música vencedora foi divulgada no domingo à noite quando um público superior aos demais dias de festival, mas ainda considerado insatisfatório por muitos dos participantes do evento, esteve participando da finalíssima. “Inquietude” apresenta um ritmo candombe, através da letra que retrata a situação do país.
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18ª Coxilha Nativista - 1998

O ano era 1998 e o corpo de Jurados era composto por Nelcy Vargas, Angelino Rogério, Carlos Omar Villela Gomes, Jaime Brum Carlos e Luiz Marenco.

Beth Azambuja foi a primeira mulher na história da Coxilha a concorrer como autora de letra e música com a canção “Até a Saudade Querer”, fazendo parte do disco da 18ª Coxilha Nativista.
“Milonga Existencial” vence a 18ª Coxilha Nativista. Interpretada por Ângelo Franco com autoria de Gujo Teixeira, Ângelo Franco e Evandro Zamberlan, apresentou no violão base Evandro Zamberlan, no violão solo Luiz Cardoso e Luiz Girardi no guitarron.
O Segundo Lugar ficou para “Falquejando”, uma milonga interpretada por Jorge Freitas, com letra de Miguel Bicca e música de Sabani Felipe de Souza.
O 3º Lugar ficou para “Bandeira do Império”, um chamamé interpretado por Cristiano Quevedo, com letra de José Carlos de Deus e música de José Martins.
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17ª Coxilha Nativista - 1997

O ano era 1997 e Graciela Vogel da Silveira, que naquele ano ostentava o título de 1ª Prenda do CTG Querência da Serra, foi escolhida como apresentadora da 16ª edição da Coxilha Nativista.
“Quando Julho Termina”, “Barraqueiro”, “Surungo de Chão Batido” e “Noite Afora” são as quatro finalistas da fase local da Coxilha Nativista que foram levadas ao palco no domingo à noite. Interpretadas por Ivonir Machado, Sinval Araújo, Grupo Raça Campeira e Leonardo Diaz Moralez, mexeram com o público presente, formando com as outras oito composições que deram à 1ª noite do evento a definição de ser um excelente caminho para a apresentação dos artistas locais em grandes festivais.
A grande final da Coxilha levou ao palco 16 finalistas. Uma milonga de João de Almeida Neto venceu a 17ª Coxilha Nativista de Cruz Alta, que encerrou por volta das 02hs da madrugada de segunda-feira. “Sonho Estradeiro” fala da vida simples na estrada.
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16ª Coxilha Nativista - 1996

O ano de 1996 trouxe inovações para a Coxilha Nativista. Um investimento visual muda o rosto do evento e efeitos especiais causam impacto ao público presente. Um show de efeitos especiais com luzes e cores, efeitos com água e dois telões com efeitos visuais, foram acrescentados na estética do evento que adotou nos anos seguintes os altos padrões apresentados pela 16ª edição.

Pela primeira vez na história da Coxilha, foi organizado o Concurso de Pandorgas no Parque de Exposições que, acompanhado de muita música, jogo do osso, o tradicional Bolichão Nativista, o Acampamento Panelinha, os shows no Pavilhão I e o 7º Rodeio Crioulo.
Na Casa da Cultura a Mostra Coletiva e exposições de obras com cerca de 20 artistas locais fizeram referência ao evento.

A Comissão Julgadora foi composta por Gerson Fogaça, Cláudio Patias, Rubilar Ferreira, Jorge Ferraz e Nilton Rosa.
O prefeito municipal era Nilton Homercher e a Secretária de Cultura naquele ano era Jussara Moura Beck.
Oswaldir e Carlos Magrão realizaram o show mais esperado do ano. Eles emocionaram o público presente que não queria deixar o ginásio e tentava impedir a dupla de ir embora.
Na última noite, o Grupo de Danças Alma Nativa realizou a apresentação de algumas músicas, entre elas a dança dos facões. Os Garotos de Ouro fizeram o show de encerramento. Logo após, foi realizada a divulgação e entrega dos troféus aos vencedores.
Por volta das 03hs da manhã de segunda-feira, foi anunciado o resultado.
“Cantilena” foi a grande vencedora.
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15ª Coxilha Nativista - 1995

Mil novecentos e noventa e cinco! O mundo comemorava um século de cinema e as novas tecnologias avançavam. O Windows 95 era lançado e com ele a chegada da internet conectava o Rio Grande do Sul com o restante do mundo. O evento Coxilha Nativista era esperado com uma grande festa de 15 anos.
Um concurso de todas as campeãs da história do festival convidaria as vencedoras das 15 edições anteriores para subirem ao palco mais uma vez para escolher a melhor das melhores. Os discos do festival estavam perdendo um pouco da sua popularidade já que haviam sido produzidos em formato de vinil. O Compact Disc, CD, tomara conta do mercado e as rádios estavam encontrando dificuldades para reapresentar as canções de álbuns antigos.

O Prefeito Municipal Nilton Homercher e o Secretário Antônio Augusto Sampaio da Silva haviam aumentado a infraestrutura no Parque de Exposições.

“Sonho de Estradeiro” foi a grande vencedora daquele ano. O talento de João de Almeida Neto - que se emocionou ao cantar a milonga - aliado a harmonia do grupo que defendeu a grande vencedora, foi o diferencial que salvou os jurados da difícil tarefa de escolher a melhor.
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14ª Coxilha Nativista - 1994

Mil novessentos e noventa e quatro foi um ano intenso, de grandes acontecimentos. A telefonia celular estava chegando à cidade de Cruz Alta e as tecnologias começavam a avançar. Ayrton Senna realizava a sua última curva e Dunga dividia a bola contra Camarões na Copa do Mundo. E, precisamente em julho daquele ano, acontecia a 14ª Coxilha Nativista de Cruz Alta e a Coxilha Piá respirava a sua 10ª edição.
Foi organizado um regulamento para a Cidade de Lona ser mais agradável e segura. O Ginásio Municipal estava decorado e mostrava um típico galpão crioulo. Das 536 músicas pré-inscritas que foram ouvidas, 19 delas subiram ao palco do festival.
O Corpo de Jurados foi constituído por Telmo de Freitas, José Fernando Gonzáles, Gabriel Moraes e Edson Otto e mais uma vez o Grupo de Danças Chaleira Preta abriu a primeira noite da Coxilha Nativista.
Rui Biriva e David Menezes arrancaram aplausos do público nos shows de intervalo.
Adauto Mastella Basso voltou a comandar as apresentações das Tertúlias Livres, no Parque Integrado de Exposições.

O Festival foi encerrado às 03hs da madrugada de segunda-feira.
Cezar Passarinho vence a 14ª Coxilha Nativista. A música vencedora “Coplas”, não agradou na totalidade, mas estava entre as mais cotadas para a premiação final desde a apresentação na noite de sábado, na segunda eliminatória.
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13ª Coxilha Nativista - 1993

Julho de 1993. Apesar do frio cortante de 5ºC na primeira noite de festival, o Ginásio Municipal Dr. José Westphalen Corrêa esteve lotado e as 11 músicas concorrentes desta abertura agradaram o público.
A grande inovação de 1993 foi a inclusão da fase local do festival.

O Grupo de Danças Chaleira Preta uniu-se a outro grupo, “Capitão Rodrigo I”, para a interpretação da música “Chacarera Telesita” de Ariel Ramire por Lito Vitale. Um conceito interpretando a luta do bem contra o mal atraiu os olhares atentos do público arrancando aplausos.
Pela opinião geral dos presentes, o nível das músicas concorrentes apresentadas melhorou em relação aos anos anteriores. Um dos jurados, Jorge Nicola Prado, depois de discutir com os demais julgadores divulgou para a imprensa, já na primeira noite, que o nível musical daquele ano havia sido considerado entre bom a muito bom.
Os troféus do festival passaram por mudanças. O artista plástico Jorge Schroeder desenvolveu obras mais modernas. Bronze fundido e granito foram usados em uma das peças.
“O Homem Que Se Cansou de Deus” foi a grande vencedora daquele ano.
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12ª Coxilha Nativista - 1992

Vinte minutos! Este foi o tempo em que o Grupo Internacional de Danças Chaleira Preta prendeu a atenção do público na abertura da 12ª Coxilha Nativista. O ano era 1992 e os bailarinos cruz-altenses já haviam conquistado boa parte do mundo. Os artistas que dançaram até na derrubada do Muro de Berlim para distrair o povo do medo, estava naquele momento provocando o público de um dos maiores festivais de música do Rio Grande do Sul.
No palco, o elenco era composto por Regina Célia Tanski, Cariziane Ramos Moreira, Pascale Chaise da Veiga, Larissa Moura Beck, Mariângela Dutra, Hiliara Ferreira, Elisete Lopes, Luciano Moura Beck, Alcides Reis Braga, Fausto Scholze, Vladimir Colombelli e Gilson Agert. Carmem Anita Hoffmann, também diretora artística da 12ª Coxilha Nativista, coreografou os passos que tornaram mágica a 12ª edição do evento.
O Ginásio Municipal esteve lotado e das nove canções que foram apresentadas na primeira eliminatória, “Reflexão”, interpretada por Maria Helena Anversa, foi a música concorrente que conseguiu deixar os presentes em pé naquela noite.
“Procissão”, com letra de Jaime Vaz Brasil e música de Vinícius Brum, na interpretação do Grupo Tambo do Bando, de Porto Alegre, foi a grande vencedora da 12ª Coxilha. Essa música de cunho religioso que fala de fé foi anunciada como a vitoriosa somente por volta das 3hs da manhã e, nem mesmo o tardar da madrugada impediu a espera do público pelo resultado.
O segundo lugar ficou para “Uma Tarde no Corredor”, música fronteiriça que resgata os valores campeiros. E, em terceiro lugar, o júri optou por “Quem Dá Mais” com Daniel Torres, uma forma de canto ao Taim, com letra de José Fernando Gonzales e Talo Pereyra e Vinícius Brum. De fato, foi a Coxilha mais longa da história.
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11ª Coxilha Nativista - 1991

O ano era 1991 e a gestão municipal era de Fulvio Berwanger, que teve como Secretário de Turismo, Desporto e Cultura, o senhor Odir Carvalho.
Acontecia a primeira noite da 11ª Coxilha Nativista. O início, com a apresentação das 12 primeiras músicas classificadas do festival, julgou a livre interpretação, instrumentação, caracterização cênica e coreografia dos candidatos que subiram no palco.
 O regulamento manteve como obrigatório o uso de pilcha ou vestimenta relativa ao tema para todos os que apresentassem. A Comissão Julgadora foi a mesma que pré-selecionou os trabalhos, mantendo os requisitos: poesia, tema, harmonia e ritmo.
Diferente do ano anterior, que haviam sido abominados os shows de intervalo, os artistas que não concorriam, apresentaram-se trazendo-os de volta. Nesse ano, o festival elevou ao palco o sucesso do cantor Sérgio Reis, na época interpretando o personagem “Tibério” na novela Pantanal, da Rede Manchete.
Pelo 11º ano consecutivo, o apresentador Adauto Mastella Basso, comandou as apresentações das edições da Tertúlia na “Cidade de Lona”, que acontece todas as noites após o encerramento da programação do ginásio.

O baile oficial da Coxilha ocorreu no Pavilhão I do Parque Integrado de Exposições de Cruz Alta, e contou com significativas atrações, entre elas, as participações especiais de Neto Fagundes e Mano Lima.
“Acordes de Chamamé” foi a grande vencedora do festival naquele ano que, agradou o público com a interpretação de Antonio Gringo e Nenito Sarturi. A escolha dos 2º e 3º lugares também conferiu preferência popular, que aplaudiu de pé “Quando o tempo perde as Esporas” e “Luas de Espera”, duas toadas de Sérgio Bojas e Sérgio Rosa, respectivamente.
Uma pesquisa pelos meios de comunicação da cidade levantou “Bugio do Bicho”, com interpretação de Angelino Rogério. Entre o público foi também bastante votada a música “A Dama e o Valete” com Lomma e Neto Fagundes, uma interpretação teatral que arrancou aplausos.
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10ª Coxilha Nativista - 1990

A 10ª Coxilha Nativista ocorreu entre os dias 21 a 29 de Julho de 1990. Liára Zago e Luiz Alberto Pereira foram os apresentadores que mais uma vez presentearam com vozes genuinamente cruz-altenses.
Participaram da pré-seleção 355 composições, sendo que, 24 foram classificadas para subirem ao palco do festival. Seis delas abordaram o tema ecológico.

A Comissão Executiva da 10ª Coxilha esteve formada por Alfredo Muller, Almedorino Furtado e Derbi Prestes Costa. Pela primeira vez na história do evento, havia sido escolhida em Comissão Julgadora a 1ª Prenda da Coxilha. Patrícia dos Santos Farias foi a eleita.
O Corpo de Jurados durante as eliminatórias no Ginásio Municipal não sofreu alterações. Teve como componentes: Tio Bilia, Gilberto Monteiro, Gaúcho da Fronteira, Airton Machado e Renato Borghetti.
Outra grande novidade da 10ª edição é que, a Coxilha Nativista teve um grupo de madrinhas. Neolange Brandão, Vera Yung, Maria Augusta Vieira, Adélia Furian e Irma Beck, integraram a equipe que teve como objetivo, reafirmar o espírito de hospitalidade que caracterizou o evento. Elas foram responsáveis pela recepção de convidados, autoridades, músicos e compositores, além de apresentar-lhes a culinária e principais pontos turísticos da cidade.

O resultado final foi uma surpresa para as 5.000 pessoas aproximadamente que lotaram o ginásio para assistir a finalíssima do festival. “Açude”, a música vencedora, interpretada por Maria Luiza Benitez, não estava sendo apontada pelo público e imprensa como uma forte candidata. Quando anunciada como vencedora, vaias foram ecoadas que, aos poucos somaram-se aos aplausos.
O segundo lugar, “Um Sonho Antigo”, com Antônio Gringo e o Grupo Os Quatro Ventos, cogitada desde a primeira eliminatória como uma das favoritas, foi recebida pelo público com entusiasmo e vibração. A classificação do grupo cruz-altense “Os Garotos de Ouro” em 3º lugar, com “O Bugiu e as Macacas”, também causou surpresa já que, a maioria estava esperando pela indicação de Música Mais Popular.
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9ª Coxilha Nativista - 1989

A primeira noite da 9ª Coxilha iniciou com a apresentação das 13 primeiras músicas concorrentes num total de 26.
O ano em que o Prefeito Municipal era Fúlvio Berwanger e o Secretário de Turismo, Lídio Shoroeder. O público lotou o ginásio na primeira noite mas, o nível musical não agradou. Das 13 composições apresentadas, apenas três conquistaram aplausos calorosos do público. Como já era esperado, o grande número de milongas provocou um certo cansaço para a plateia.
Na segunda noite, foram escolhidas as doze finalistas do festival para compor o disco. As composições subiram novamente ao palco para serem reapresentadas ao público.
A terceira noite, a finalíssima da Coxilha naquele ano, era grande porque pela primeira vez em nove anos, as concorrentes foram escolhidas entre as 26 e não em cada noite, evitando assim que as músicas de qualidade fiquem fora do disco e dos primeiros lugares.
A segunda eliminatória da 9ª Coxilha Nativista repetiu o sucesso em público. O nível musical melhorou, mas não atingiu os índices de festivais anteriores como a 6ª e 7ª edições, que apresentava um público definido quanto as músicas. Duas composições foram aplaudidas. Águas de Dentro e Bugio Proletário.
Na última noite, foram apresentadas as 12 músicas que fazem parte do disco da 9ª Coxilha.
“Águas de Dentro” vence o festival daquele ano.
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8ª Coxilha Nativista - 1988

Entre as noites de 28 a 31 de julho de 1988, aconteceu a 8ª Coxilha Nativista.
A grande inovação daquele ano foi o lançamento do primeiro disco da Coxilha Piá que revelou pequenos grandes talentos.
Na gestão do prefeito Dr. José Westphalen Corrêa, a organização foi regida novamente pelo Secretário de Turismo Luiz Côrtes Véscia. O Corpo de Jurados esteve composto por Adair de Freitas, João Alberto Pretto, Luiz Carlos Borges, Martin Agnoletto, Mauro Ferreira, Ruy Pedro Schmitz, e Ayrton Pimentel.
Rejane Noschang, da TV Gaúcha e Sérgio Schiller, da TVE foram os apresentadores daquele ano.
O nível musical melhorou na segunda noite em relação à primeira. Essa melhora foi demonstrada pelo público que se mostrou bem mais animado e participativo. “Várias interpretações foram aplaudidas em pé como “Bugio Sem Refrão”, com os Garotos de Ouro”, não foi classificada, e “Tabatinga Amarela”.
Numa noite típica dos grandes festivais, com o ginásio completamente lotado e um bom nível musical, a terceira e última eliminatória da 8ª Coxilha aconteceu com o ginásio completamente lotado. Na grande finalíssima, o público saiu satisfeito com as 12 músicas escolhidas, além de prestigiar grandes interpretações como Leopoldo Rassiê, Eraci Rocha, Ninito Sarturi e David Menezes, que voltou a empolgar o público com a interpretação da Viva Cueca Vanerão, outra forte candidata ao título de Mais Popular.
Transmitida pela TV Bandeirantes e TV Pampa, “Deixada Só”, foi a grande vencedora.
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7ª Coxilha Nativista - 1987

As noites frias de 23 a 26 de julho do ano de 1987 ficaram mais aquecidas pelo calor humano do público que se fez presente no Ginásio Municipal José Westphalen Corrêa.
Faltando vinte dias para o evento, uma pesquisa nos hotéis da cidade surpreendeu a imprensa. Todos estavam lotados, não aceitando mais reservas, tamanho o sucesso.
Os apresentadores Leopoldo Rassier e Maria Luiza Benitez, deram um show de voz.
Na primeira noite, as 12 primeiras concorrentes não animaram muito a plateia, colocando-se abaixo das expectativas. Na segunda noite o nível melhorou, segundo presentes que manifestaram opiniões para jornalistas que cobriam o evento. Na última noite em apenas duas músicas o público não vibrou.

Com o ginásio praticamente cheio, às duas da manhã da última noite, foi anunciada “Rio de Lágrimas” como a grande vencedora.
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6ª Coxilha Nativista - 1986

A 6ª Coxilha Nativista iniciou com uma das mais fortes contribuições, até mesmo com o número de inscrições, que chegou a 416, superando os anos anteriores. O júri da pré-seleção foi unânime em afirmar para a imprensa naquele momento que, a expectativa estaria depositada nas interpretações e que não havia dúvidas quanto à qualidade musical dos trabalhos inscritos. O alto nível musical estava garantido.
A responsabilidade de manter um festival do porte da Coxilha Nativista em um nível cada vez mais elevado estava sendo cobrada por boa parte da população. O evento havia alcançado um patamar e conquistado o cenário artístico-cultural até mesmo em âmbito internacional.
O corpo de jurados foi composto por Glênio Fagundes, Sônia Abreu, Leopoldo Rassier, Sérgio Napp, Daniel Moralez, Doli Costa e Anildo Lamaison de Morais. A escolha do grupo de jurados foi atenção especial que todos dispensaram ao convite dirigido, e principalmente, a indiscutível capacidade e conhecimento que ambos possuem, e que exige o veredicto de um festival, como definiu naquele ano, o fotógrafo e jornalista da Revista Tarca, Tunde Munhoz: “De onde não se sai disco ruim”.
A apresentação do evento foi muito bem conduzida pelo ator e comunicador da RBS TV naquele ano, Ubirajara Valdez e pela Comunicadora da Rádio Guaíba e Diretora do Departamento de Cultura da Assembleia Legislativa, Eunice Flores.
“Vaga para o Vento” foi a grande vencedora.
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5ª Coxilha Nativista - 1985

A abertura oficial da 5ª Coxilha Nativista foi realizada nas dependências do Condecruz, contando com presenças de inúmeros convidados especiais e autoridades locais. O prefeito municipal, Dr. José Westphalen Corrêa, recepcionou a todos dando boas vindas ao evento de Cruz Alta que, já era considerado o maior festival de música nativista do estado.
Luis Von Stein foi o artista plástico que abrilhantou os troféus desta edição.
Na segunda etapa classificatória da 5ª Coxilha, o nível das músicas apresentadas cresceu consideravelmente, mas a grande atração da noite, praticamente roubando o espetáculo, foi o Grupo “Garotos de Ouro”, executando “Prelúdio de Fé no Trigo”, interpretado por Leopoldo Rassier.

Aproximadamente 2.500 pessoas compareceram ao Ginásio Municipal. Igualmente na “Cidade de Lona”, localizada no Parque de Exposições, a reprise das músicas no “Galpão da Tertúlia Livre”, causou o mesmo entusiasmo do público.
As pessoas que compareceram ao Ginásio para prestigiar a primeira noite, tiveram a satisfação de assistir, enquanto o corpo de jurados escolhia as classificadas, a apresentação do Grupo de Danças Chaleira Preta. Carlize Maciel e Carmem Anita Lese Hoffmman, foram as responsáveis pela coreografia. Logo após, realizou-se a apresentação da OSPA, com o Grupo Caverá, considerado um dos maiores vocais do estado.
A participação da mulher no movimento nativista começa a tomar proporções. Nesta primeira noite, subiram ao palco Maria Benites e Marlene Pastro.

O ano de 1985, além de ter sido importante para a história em diversos aspectos culturais, contribuiu em muitas inovações para a história do festival. Foi nesse ano que nasceu a 1ª Coxilha Piá, que em edições ininterruptas, revelou ao longo desses anos, pequenos artistas que hoje representam a cultura nativista como Arthur Bonilla, Shana Muller e Joca Martins.
Presenças ilustres marcaram a quinta edição. O tradicionalista Paixão Côrtes, o apresentador do “Galpão Crioulo” Antonio Augusto Fagundes e, a família do imortal escritor Erico Verissimo, através da sua esposa Mafalda Volpe Veríssimo e do filho Luis Fernando Veríssimo.
A canção “Diálogo Antes da Morte” foi a grande vencedora.
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4ª Coxilha Nativista - 1984
A 4ª Coxilha Nativista foi realizada em 1984, sendo considerado em toda a história do evento, o ano de maior qualidade na questão musical. Mais de 270 composições foram inscritas. Participaram 36 músicas e 11 gêneros disputaram os troféus. Chimarrita, valsa, milonga, vanera, toada, canção, xote, bugio, rancheira, polca e toada milongueira.
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre – OSPA - apresentou um repertório de músicas nativistas na abertura, pela primeira vez no palco de um festival nativista.
Os troféus da 4ª Coxilha foram confeccionados pelo artista plástico cruz-altense Luis Aléssio Rubin. O escultor produziu estatuetas estilizadas, diferente dos anos anteriores que representavam figuras humanas. As premiações eram personagens da literatura regional, como as criaturas de Erico Verissimo, representadas pelas imagens de Ana Terra e Capitão Rodrigo.
Outra modificação na quarta edição do ano de 1984 foi em relação ao símbolo do evento, o “Gaúcho Correntino”. A figura do gaúcho sentado tocando um violão manteve-se durante as três primeiras edições como parte da divulgação do evento. A partir da 4ª Coxilha a Comissão Cultural entendeu que, o tipo retratado simboliza muito mais o gaúcho correntino e o gaúcho platino, do que o tipo riograndense, dos pampas. A forma do símbolo permaneceu a mesma, mas com uma estampa focada no pampa riograndense, servindo de modelo Beto Barcelos, do grupo musical nativo cruz-altense Canto Nativo, hoje figura conhecida por contribuir com a história da Coxilha. Seu nome está marcado em diversas premiações do festival.
Polca de Relação, de Elton Saldanha e João de Almeida Neto, não agradou o público. Recebeu vaias durante a apresentação, mas foi a grande vencedora. A música, em versos de amor, transpõe a disputa pela conquista da mulher amada.
O segundo lugar classificou-se a música mais polêmica da história da Coxilha Nativista. Morocha, uma rancheira de autoria de Mauro Ferreira e Roberto Ferreira, de Santa Maria. Interpretada por David Menezes Júnior e com acompanhamento do Grupo Os Incompreendidos. A música Morocha foi alvo de críticas por boa parte das mulheres presentes nas mesas e arquibancadas do Ginásio Municipal. Por outro lado agradou parte do público masculino.
 Dividindo reações na plateia, grande parte dela protestava contra a letra, que pode ser interpretada como uma sátira ao machismo exagerado. A repercussão da polêmica foi tamanha e o assunto caiu nas graças dos jornalistas de todo país. O programa televisivo “Fantástico”, da Rede Globo, divulgou a Coxilha Nativista e o tema do machismo. A partir desse momento o festival passa a ter projeção nacional e a música torna-se a mais marcante da história das Coxilhas.
Entre os jurados estavam o maestro da OSPA, o alemão Alfred Hans Otto Hulsberg, Daniel Morales, uruguaio, arranjador, músico, compositor e pianista, participante de júris em vários festivais nativos do estado, Paixão Côrtes, conhecido folclorista e pesquisador sobre nossas tradições e costumes, tendo posteriormente sua imagem emprestada para a obra do escultor Antônio Caringi, na capital gaúcha e Jerônimo Jardim, cantor e compositor de destaque em âmbito nacional, José Lewis Bicca, compositor, músico e pesquisador e dirigente na época do grupo “Os Angueras” de São Borja, classificado em diversos festivais nativistas.
A 4ª edição foi de fato a mais marcante da história da Coxilha Nativista. O disco, que costumava chegar meses após o término do festival, naquele ano estava sendo vendido nas lojas sete dias após a finalíssima. Ayrton dos Anjos, o popular Patinete, produtor da Som Livre - gravadora da Rede Globo que naquele ano distribuiu os discos - teve de agir rápido para aproveitar a polêmica que fervilhava no país, batendo o recorde de vendas de discos de festivais no Rio Grande do Sul.
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3ª Coxilha Nativista - 1983

O brilhantismo da primeira noite foi das melhores, como estava sendo esperado. A solenidade oficial de abertura contou com a presença do prefeito Dr. José Westphalen Corrêa e do Secretário de Turismo Luis Cortes Véscia, além da participação especial do tradicionalista Jaime Caetano Braum, que declamou homenageando os organizadores e a cidade de Cruz Alta.
Realizada de 21 a 24 de Julho de 1983, a primeira noite de Coxilha foi movimentada. Paralelamente à realização da III Coxilha foram realizadas exposições de artigos nativistas, artesanato e artes plásticas. Esportes como o Jogo do Osso e o Futebol de bombacha cumpriram a tradição.
A Comissão Julgadora foi integrada pelo poeta Aparício Silva Rillo, músico Delvio Oviedo, de Porto Alegre, Paulo Heitor Fernandes, de Porto Alegre, Milton Monte, de Santa Maria, Artidor Roque, de Passo Fundo, Angelino Alves, de Cruz Alta, Sônia Abreu, de Júlio de Castilhos, Emerson Vieira da Rosa, de Cruz Alta e José Gonzaga Lewis Bicca, de Santa Maria.

Na primeira noite, fase local e 1ª Eliminatória das músicas, foi apresentado um show de intervalo com Luiz Carlos Borges e Ribamar Machado. Na segunda noite, fase regional, o show de intervalo foi de Victor Hugo, Elton Saldanha, Borghetinho e Chicão. Chegada ao final da terceira noite de evento e finalíssima, o povo contestou a qualidade das músicas concorrentes em relação aos dois anos anteriores, embora a maioria dos visitantes tenha dado nota oito para a organização do evento, superior ao demais festivais nativistas.

O júri escolheu a música João da Madrugada. A premiação foi recebida pelo autor e intérprete Paulo Silva.
Os jornais da capital deram ênfase, referindo-se ao evento como o maior festival estadual em número de público e participação popular.
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2ª Coxilha Nativista - 1982

Já inserida no contexto cultural tradicionalista do Rio Grande do Sul – devido ao sucesso da primeira edição – a Segunda Coxilha Nativista realizou-se nas noites de 29 de julho a primeiro de agosto de 1982, no Ginásio Municipal.
 Com capacidade para 5.000 pessoas, o ambiente ficou superlotado durante as noites do evento.
A “Cidade de “Lona” foi estruturada no Parque de Exposições do Sindicato Rural. Promovida pela Prefeitura Municipal local, na gestão do prefeito municipal Carlos Pompilio Schmidt, estiveram na Comissão Organizadora do evento, a Secretária de Educação Ilse Flores Assunção, o Secretário de Turismo Adão Leite de Oliveira, e o Secretário-Geral Valdir da Rosa. À frente do departamento Cultural estiveram Angelino Alves, Blair da Silva Carvalho e Alba Alice Bonilla.
Para a pré-seleção, foram inscritas 150 músicas. Na primeira noite, fase local, o corpo de jurados escolheu quatro entre nove participantes.  Na segunda noite, fase local, foram executadas as dez últimas classificadas da terceira eliminatória. Na última noite, fase final e estadual, desfilaram para o público, as doze músicas finalistas.
O júri foi composto por Nilton Monti, organizador da III Tertúlia de Santa Maria, Sônia Abreu, pesquisadora, folclorista e professora de música da cidade de Júlio de Castilhos, Beatriz Leidner de Castro, professora, veterana de júris e poetisa de Porto Alegre, José Fernando da Silva Santos, do Grupo Guará e professor de canto de Porto Alegre e Angelino Alves, Presidente de Comissão Artístico-Cultural, pesquisador, participante da primeira edição da Coxilha Nativista e da Tropilha de Ajuricaba.
“Terra Saudade” foi a grande vencedora. A música tornou-se ao longo da história, a “menina dos olhos” de todos os cruz-altenses. Conhecida por todos na terra de Erico Verissimo, dificilmente encontra-se alguém, ainda nos dias de hoje, que não saiba cantá-la. De Horácio Côrtes e Milton Magalhães, interpretada por Adilson Moura e os Grupos Canto Piá e Reduções, a vencedora é sempre lembrada nos principais eventos que elevam Cruz Alta como homenageada.

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