domingo, 31 de julho de 2011

Coxilha Nativista, sem dúvida um grande exemplo


Cruz Alta, localizada no noroeste do estado, município dos antigos Tropeiros e berço de Érico Veríssimo, recebeu no último final de semana, de braços abertos todos que participaram da 31ª edição da Coxilha Nativista. O festival contou com a Fase Local, Fase Geral e ainda com a 24ª edição da Coxilha Piá.

A Coxilha Nativista é hoje um dos mais importantes eventos da música do Rio Grande do Sul. Um marco na história dos festivais de música regional do Brasil. Realizado pela Prefeitura Municipal de Cruz Alta ininterruptamente desde 1981, é um exemplo de organização e comprometimento.

Desde 1985, junto a Coxilha Nativista acontece também a Coxilha Piá. Pioneira como festival de interpretação de música infanto-juvenil do gênero no Rio Grande do Sul, anualmente tem trazido ao palco expressiva participação de grandes promessas e revelações do nativismo gaúcho, muitos inclusive já tendo se consagrado, como é o exemplo de Ângelo Franco, melhor intérprete dessa edição na Fase Geral, iniciou sua carreira musical nos palcos da Coxilha Piá.

Segundo o prefeito municipal Vilson Bastos dos Santos, esse sucesso deve-se ao apoio do poder público que, independente de partido político, assume todas as responsabilidades financeiras, utilizando do próprio orçamento do município para a realização do festival. Todos os prefeitos que passaram assumiram a Coxilha como um dos eventos mais importantes da cidade. Hoje em dia mais de oitenta por cento dos gastos do festival são custeados pela prefeitura. Já é incluído no orçamento anual da prefeitura um valor específico para a Coxilha, e se durante os preparativos for necessários mais recursos acaba-se sempre suplementando esse orçamento.

A secretaria de cultura é responsável pela coordenação e organização da Coxilha, neste ano representada pela pessoa do senhor Alex Méa, secretário de cultura, do mesmo modo que contam com o apoio das demais secretarias. Além disso, conta com o contribuição e a hospitalidade de um grupo de vinte e dois casais voluntários integrantes da Comissão Social, coordenado pela senhora Reni e o senhor Dari. De acordo com dona Reni, esta Comissão foi criada pela necessidade de ter alguém para ajudar, são eles os responsáveis pela organização do baile de lançamento da Coxilha e também pelo lançamento em Porto Alegre. Durante o festival, estas agradáveis senhoras e seus esposos, além de cuidarem muito bem dos bastidores, contribuem com o apoio necessário e providenciam os lanches que são servidos aos músicos. Muitas vezes não conseguem assistir as músicas, mas segundo dona Reni, eles gostam tanto dos bastidores que preferem ficar por ali mesmo. Divertem-se por trás do palco, fazem novas amizades e registros para seus álbuns de fotografias com aqueles que até então eram apenas seus ídolos!

O Ginásio lotou em todas as noites e, segundo o prefeito municipal, esta foi uma das maiores Coxilhas dos últimos anos em se tratando de público.

Nós do Blog BAHstidores, gostaríamos de deixar aqui registrado o nosso agradecimento a acolhida dessa cidade maravilhosa que é Cruz Alta. Eu Clarissa e a Letícia, fomos muito bem recebidas, tivemos todo o apoio necessário para a execução de nosso trabalho. O festival está de parabéns pela forma com que trata os veículos de comunicação, sem dúvida, este carinho, apoio e interesse pelo nosso trabalho, é um diferencial desse festival. Aproveitamos para registrar também, nosso agradecimento a gentileza com que fomos recebidas no Restaurante Maximus, da mesma forma que agradecemos a hospitalidade do Hotel Pinheiro, onde ficamos hospedadas.

Sem dúvida nenhuma, não é por acaso, que a Coxilha Nativista está em sua 31ª edição, sem nunca ter sido interrompida. É a união e a vontade, de todas essas pessoas, de se fazer cultura que mantém este festival. Esperemos que os relatos acima citados, sirvam de exemplo para outros festivais desse nosso Rio Grande a fora.

(Fotos: Clarissa Moura e Letícia Silveira)

2 comentários:

  1. A Coxilha é um exemplo de amor e dedicação do povo Cruzaltense à cultura regional. Foi um sucesso, como sempre!

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  2. Tive a honra de participar da Coxilha no ano passado, época em que se comemorava trinta anos de festival. Sem sombra de dúvida um exemplo em todos os aspectos, tratamento dos músicos e compositores, palco, recepção, tudo.

    É um festival que sabe que a qualidade do espetáculo está aliado a dois fatores, músicos/compositores e público.

    Parabéns e vida longa à Coxilha!!

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