Clarissa Ferreira, iniciou seus estudos musicais aos 12 anos, no Instituto Municipal de Belas Artes de Bagé, no curso de violino e teoria musical. Em 2004, ingressou no curso de Música da Universidade Federal de Pelotas, bacharelado em violino. No mesmo ano começou a integrar a Orquestra Filarmônica de Pelotas como primeiro violino.
Sua incursão na música regional gaúcha se deu através do tradicionalismo, no ano de 2005, quando veio a participar de conjuntos musicais de grupos de danças gaúchas do Estado e participando de concursos, como o Encontro de Arte e Tradição - ENART, onde obteve prêmios como o primeiro lugar na modalidade violino, em 2006.
Participa de festivais nativistas desde 2007. Em 2008, recebeu a premiação Revelação no 21º Festival da Música Crioula, de Santiago, e em 2009 Melhor instrumentista da 6º Galponeira, de Bagé.
Em paralelo com a atividade musical, em 2008, ingressou no curso de História da Universidade Federal de Pelotas, dando ênfase nas pesquisas em etnomusicologia, tendo como tema principal os festivais nativistas no Estado e a identidade musical do Rio Grande do Sul a partir destes eventos.
Participa ativamente nas gravações fonográficas de música regional gaúcha, onde possui gravações com nomes reconhecidos no cenário musical rio-grandense, como Marcelo Oliveira, Aluisio Rockembach, Aninha Pires, Quarteto Coração de Potro, entre outros.
BAHstidores: Como surgiu o projeto Mariposa Marrón de Madera?
Clarissa Ferreira: A idéia surgiu a partir da admiração pelas obras do folclore latino-americano e o posterior desejo de executá-las, explorando o instrumento, violino, como centro nas composições.
BAHstidores: Por que esse nome, o que significa?
Clarissa Ferreira: ‘Mariposa Marrón de Madera’ é uma expressão retirada da composição ‘El violin de Becho’, de Alfredo Zitarrosa. Este se refere ao violino de Becho, personagem da obra e amigo do compositor, com essa expressão. Escolhi este nome como título das apresentações porque além da beleza poética faz suscitar o instrumento como o grande centro do objetivo do projeto, e também por evocar subtendidamente um dos grandes ícones das composições a qual o projeto se propõe.
BAHstidores: Quais são suas metas e objetivos com este projeto?
Clarissa Ferreira: O objetivo é levar música a quem gosta do instrumento e a quem gosta do repertório de folclore latino-americano. Também é um desejo mostrar a versatilidade do violino dentro da nossa cultura, através dos diferentes ritmos, por estar enraizado e aculturado na identidade sonora platina e rio-grandense.
BAHstidores: Quem mais faz parte deste projeto?
Clarissa Ferreira: Conto com a amizade e talento dos músicos Silvério Barcellos ao violão, Negrinho Martins no contrabaixo e Vitor Manzke na percussão.
BAHstidores:Você já escolheu o repertório? Será sempre o mesmo apresentado ou terá alterações?
Clarissa Ferreira: O repertório dessas primeiras apresentações já está escolhido, e nele constam milongas, chacareras, chamamés, zambas, etc., e quanto aos compositores temos obras de Alfredo Zitarrosa, Atahualpa Yupanqui, Albino Manique, Gilberto Monteiro, entre outros. Como o universo de composições belas desse gênero é grande, possivelmente iremos incluir outros temas e possivelmente alterar o repertório.
BAHstidores:E as fotos que você divulgou, foram feitas para este projeto? Onde foram tiradas? Por quem?
Clarissa Ferreira: As fotos foram feitas pelo fotógrado André Lauz (http://www.andrelauz.com/) especialmente para serem usadas para a divulgação. Fiquei bem feliz com o resultado e o ótimo trabalho dele. Elas foram tiradas na Charqueada Santa Rita, em Pelotas, onde nos cederam gentilmente sua belíssima locação.
BAHstidores:Quando iniciou ou quando inicia a realização deste projeto?
Clarissa Ferreira: A idéia nasceu em fevereiro de 2011, em uma conversa com o violonista e amigo Silvério Barcellos sobre o desejo de mandar um projeto com estas características para o Projeto Sete ao Entardecer, da Prefeitura Municipal de Pelotas, projeto este que cede espaço para apresentações na Fábrica Cultural todas as segundas em Pelotas com entrada franca. Ele apoiou a idéia e contribuiu muito desde o primeiro momento, juntamente com os músicos Negrinho Martins e Vitor Manzke quando os chamei para fazerem as gravações que o projeto pedia que enviasse para a seleção. O projeto passou e a nossa apresentação na Fábrica Cultural é dia 26 de setembro. Desde então a idéia inicial foi se moldando, através da escolha de repertório e dos ensaios.
No dia 1º de setembro estaremos fazendo nossa primeira apresentação sob este formato, no Mercado del Puerto, em Pelotas, às 21 horas.
Contatos:
www.myspace.com/clarissaferreira
http://www.youtube.com/clarissaviolino
Telefone: 55 53 84053499
Email: clarissaviolino@yahoo.com.br
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