quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ele passou pelos palcos do ENART - Maurício Marques

 Por Maurício Marques

Participo de festivais a mais de vinte anos.Já fui praticamente a todos e venci muitos deles em diversas categorias.Realmente não sei quantos prêmios já tive nos festivais, mas foram muitos.Desta maneira posso dizer que conheço profundamente este meio e sei também o que esperar dele.O ponto positivo dos festivais é o de ser uma escola de palco muito viva, com boa sonorização, organização e remunerado.Também é o modo de subsistência de muitos músicos.

Quanto ao ENART, participei uma vez na categoria de violão.O que posso te dizer é que de uma forma geral, não há uma seriedade no que se refere a esta área da musica, pois falta ainda muita qualificação tanto em termos de júri quanto em termos de competidores.É algo bastante amador, então creio que tenha grande valor para pessoas que gostam de tocar a nível amador, mas não tem um cunho mais aprofundado ou profissional.O que não torna invalida este tipo de concurso, apenas torna de pouca profundidade.Já tive muitos alunos que vieram do enart e resolveram estudar comigo para fazer suas competições com melhores resultados e acabaram encarando a musica de outra maneira.

Minha sugestão é que os organizadores do Enart qualificassem mais seus corpos de júri e os critérios de seleção, forçando as entidades participantes a investir em seus representantes através de aulas de musica e técnica.Só assim teríamos algo realmente forte e serio.

Não vejo uma relação direta entre os festivais e o Enart, com exceção do tema, pois sempre é a cultura do Rio Grande do Sul.Mas de qualquer forma, estes dois movimentos são antagônicos, pois um preza pela perpetuação de modelos defendidos por eles como tradicionais (o ENART< OU MTG) e o outro (OS FESTIVAIS), não tem uma obrigatoriedade de formas e estilos, usando a musica e a cultura gaucha de forma mais abrangente e livre.

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