Homens e Rios – Milonga Arrabaleira
Letra: Luciano Ferreira – Cruz Alta/RS
Música: Marcelinho Carvalho – Cruz Alta/RS
Enchentes nos dão recado...
São rios chorando em lamento!
Quem dera como as barrancas
Que o homem cresça por dentro
Onde colocar os restos
Das sobras da raça humana
Futuro se faz presente
...a quem tu pensas que engana
Vem um lambari prateado
Na flor de uma correnteza
E um Martin lhe negaciando
“Pra bóia” na sua mesa
O ressoar das cachoeiras
Tem percussão conhecida
Toda nascente de água
Nos traz resquícios de vida
Quem preserva os mananciais
Cumpre então o desafio
Pra saciar a sede amanhã
Seja amigo... hoje do rio
Cruzeiras não mais presentes
Como guardiãs dos banhados
Sarandís e corticeiras
Mortos no fio do machado
A espuma veste de branco
O rio que ainda quer viver
Que o Uruguai seja o exemplo
De água limpa a correr
No porvir de nossos filhos
Ainda resta uma esperança
Quem quer livre a natureza
Que eduque suas crianças
A água que nasce pura
Não pode ser poluída
Que o rio tá para o costeiro
Como a mãe está prá vida!
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