domingo, 25 de janeiro de 2015

César Oliveira e Rogério Melo são indicados ao 26º Prêmio da Música Brasileira


Por Matias Moura 

César Oliveira e Rogério Melo são indicados ao 26º Prêmio da Música Brasileira , assim como no ano passado a dupla irá concorrer na categoria regional como melhor disco , pelo álbum recentemente lançado Cancioneiro do Rio Grande do Sul Volume 1 , que faz um importante resgate da musicalidade do nosso estado .

Criado em 1988, este é o prêmio de maior prestígio da música brasileira e se consolidou por não apenas por resgatar e celebrar grandes nomes do cenário nacional, mas, sobretudo, por avalizar carreiras de artistas iniciantes ou com expressão de alcance regional.

O novo disco da dupla é um apanhado de grandes clássicos que remontam os primórdios de um movimento cultural e musical que originou a vasta e rica canção regional gaúcha que temos hoje.

A ideia deste projeto foi acalentada há mais de dez anos e partiu de uma conversa entre César Oliveira e Luiz Menezes. Desde então, o repertório vem sendo montado, através de pesquisa e estudo do que representou cada uma das músicas escolhidas, cada qual em seu tempo, bem como critérios de ritmos, temática e de linguagem. O resultado são dezesseis fonogramas que praticamente contam a história do cancioneiro no Rio Grande do Sul, através das obras de nomes como Telmo de Lima Freitas, Gildo de Freitas, Honeyde e Adelar Bertussi, José Mendes, Barbosa, Lessa, Pedro Raymundo e, até mesmo, Lupicínio Rodrigues.

Compõem o repertório músicas do imaginário afetivo rio-grandense, contendo pérolas como “Última lembrança”, “O roubo da gaita velha”, “Cancioneiro das Coxilhas”, “Canção do gaúcho”, “Os homens de preto”, entre outras, todas gravadas respeitando o arranjo original, ao que foram agregados apenas recursos técnicos e de gravação mais apurados. A direção musical é, mais uma vez, assinada por Rogério Melo e a produção é de César Oliveira.

Em última análise, o “Cancioneiro do Rio Grande do Sul – vol. 1” tem como objetivo dar o devido valor aos precursores da música regional gaúcha, tirando algumas de suas obras do ostracismo e dando um novo verniz ao que já era belíssimo originalmente. “Promover o encontro das novas gerações com os grandes compositores, os que ‘abriram picada’, é o nosso intuito”, diz César Oliveira, “pois muito do que já se produziu cultural e musicalmente está ficando esquecido, e são as nossas verdadeiras referências.”

O projeto gráfico do CD também busca fazer uma homenagem, neste às obras de arte de Rossini Rodrigues, artista plástico são-borjense cujo trabalho é reconhecido até mesmo pela UNESCO, mas que é desconhecido pela maioria dos gaúchos. Seis de suas esculturas em argila ilustram o disco.



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