Estreantes na etapa final da VIGILINHA
10 canções vão subir ao palco no dia 28 de junho
Mateus Souza - Jornal do Povo
Cinco músicos de Cachoeira do Sul subirão pela primeira vez ao palco de uma etapa da Vigília do Canto Gaúcho. A fase municipal, que será realizada no dia 28 de junho, no CTG Tropeiros da Lealdade, conheceu nesta sexta-feira suas 10 canções finalistas após uma triagem que durou cerca de nove horas, iniciando na quinta-feira e encerrando somente à meia-noite de sexta. No total, foram 60 músicas inscritas.
Conforme a coordenadora da 24ª Vigília do Canto Gaúcho, professora Vera Prade, nomes como os músicos Hugo Pedroso, Michel Carvalho Plautz, Marco Antônio Franco de Morais, Eduardo Trojahn Silveira e Fabiano Corrêa são estreantes na Vigilinha. Também estarão no páreo outros mais conhecidos do festival, Mateus Neves da Fontoura, Rafael Chiapetta Teixeira, Clênio Bibiano da Rosa e Ezequiel da Rosa.
Das 10 canções finalistas da Vigilinha, cinco são da linha de manifestação rio-grandense e cinco da linha campeira. Cada uma delas receberá uma ajuda de custo de R$ 500,00. A etapa municipal é classificatória e levará as duas melhores canções de cada linha para o palco na fase estadual da Vigília do Canto Gaúcho, que será realizada nos dias 24 e 25 de outubro, também no CTG Tropeiros da Lealdade.
BOM NÍVEL - Um dos jurados da triagem, o jornalista cachoeirense Cleiton Santos comemorou o bom nível das composições inscritas para o festival, mas sentiu a ausência de alguns ritmos tradicionais nas canções. “Predominaram ritmos como a milonga, a chamarra e o rasguido. Mas outros como vaneira, rancheiras e xote, que são ritmos bem gaúchos, estiveram em poucas músicas”, destaca.
Também avaliaram as canções o intérprete, instrumentista e letrista Cleiber Rocha, de Porto Alegre, e o instrumentista Maiquel Paiva, de Pelotas. A coordenadora Vera Prade acredita que a Vigilinha é importante justamente por aceitar a participação somente de autores de Cachoeira. “Desta forma estamos oportunizando a inclusão de novos talentos da nossa cidade no meio nativista”, disse.
As duas linhas da Vigília
Manifestação rio-grandense: são composições que devem primar por temas sociais, urbanos, históricos, poéticos, sentimentais e não campeiros, desde que enquadrados dentro do conceito de nativismo e respeitando o contexto de cultura gaúcha.
Campeira: as composições são sobre os usos e costumes das lides do campo, representando as raízes da cultura gaúcha na temática, letra, ritmo, arranjos, indumentária e instrumentos utilizados.
LINHA MANIFESTAÇÃO RIOGRANDENSE MUNICIPAL
- As borboletas –milonga
letra e música: Marco Antônio Franco de Morais
- Com a lua nos olhos-milonga
letra: Rafael Teixeira Chiappetta
música: Ezequiel da Rosa
- Num rodado envelhecido-toada
letra: Carlos Eduardo Nunes
música: Clênio Bibiano da Rosa
- Esses cavalos de Prado-milonga
letra: Mateus Neves da Fontoura
música: Rodrigo Duarte
- Pra lembrança de um amigo-chamarra
letra: Míchel Carvalho Plautz e Eduardo Trojahn Silveira
música: Hugo Pedroso
LINHA CAMPEIRA MUNICIPAL
- João tropeiro-milonga
letra e música de: João Carlos Tavares (in memorian)
- Cernos-valseado
letra: Mateus Neves da Fontoura
música: Ezequiel da Rosa e Carlos Machado
- Na cintura-rasguido
letra: Hugo Pedroso
música: Felipe Corrêa
- Distinto-milonga
letra: Carlos Eduardo Nunes
música: Carlos Eduardo Nunes, Fabiano Corrêa e Clenio Bibiano
- Zaino estrelo-chamarra
letra: Rafael Teixeira Chiapetta
música: Marcelo Paz Carvalho
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