segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Homenagem a José Cláudio Machado por Cristiane Machado - Blog BAHstidores

Cristiane Machado
bahstidores@yahoo.com.br

Vindo de semanas bem cansativas, não fui ao escritório hoje cedo, estava determinada a compensar os dias cheios de trabalho, e dedicar pelo menos um pouquinho do meu tempo às coisas que me são caras.

Por isso, logo ao acordar aproveitei para conversar com um amigo querido, com que há dias não trocava uma palavra, também revi algumas fotos antigas, falei umas bobagens com as gurias e pus pra “rodar” um CD do José Cláudio Machado com o Marenco – um trabalho que gosto muito e que me sempre me proporciona boas lembranças.

Logo após o almoço, no meio de atividades de trabalho, me deparei com a notícia de que o Zé Cláudio havia desencarnado. Logo em seguida, conversei com a Clarissa Moura - minha parceira de BAH -  sobre o desejo de fazer uma homenagem a ele.

O meu desejo de fazer uma homenagem ao José Cláudio surgiu da minha admiração pelo trabalho dele, pois apesar de eu não conhecê-lo pessoalmente, suas músicas têm grande importância na minha história de vida.

O pensamento inevitável foi: Eu adoro ele, preciso fazer alguma homenagem. De uma forma genial, a Clarissa abriu o espaço do BAH, para todos que quisessem homenageá-lo.

Muitos não sabem, mas tenho como terapia o hábito de escrever uns versos nas horas vagas... E minha vontade era escrever algum hoje, tentei começar vezes e vezes, pensando que seria a “homenagem justa” ao Zé Cláudio, mas os versos não vieram...

Então a inspiração vem, tu não programa ela. Te surge um verso, assim, de repente, uma palavra. Ou num animal no campo, no movimento do campeiro, é casual. Tem pessoas que tem o “dom”: olha eu vou fazer uma letra sobre isso aqui. E vai lá e faz.

Essas são palavras de José Cláudio Machado sobre a inspiração, mas que podiam ser minhas hoje...

Sem a ajuda da inspiração, vou recorrer aos fatos e vou compartilhar algumas das passagens importantes da minha trajetória que foram embaladas por músicas cantadas pelo Zé...

A primeira serenata que ganhei na vida foi com “Lástima”, nem preciso dizer que fiquei muito emocionada (risos).

Um dos meus amores, sempre que eu me embrabecia, pegava o violão e cantava “Milonga Abaixo de Mau Tempo”... Não é muito romântico, mas sempre funcionava, porque eu adoro a música. 

Tenho sobrinhos fãs de rock, mas obviamente, tento persuadi-los a ouvirem, tocar e cantar músicas nativistas... Então me peguei aos prantos quando me deparei com o Bruno cantando “Potro sem Dono” pela primeira vez, fazendo as vezes de Tia Babona.

Se não bastasse isso, o Zé Cláudio foi a voz que marcou a fase em que mudei do Rio Grande do Sul para o Paraná, uma época cheia de lembranças e ausências.

O Zé Cláudio sempre foi meu ídolo na música, e é o dono a minha voz preferida - aquela que me traz as lembranças mais ternas...

Não vieram os versos, mas fica aqui a minha homenagem e o meu agradecimento pelo trabalho do José Cláudio Machado.

Que as luzes que suas músicas imprimiram nos meus olhares ajudem a iluminar teus passos pelos pagos onde anda agora... Segue em Paz Zé!

“A poesia tem planos pra nossa dor”... versos do Mauro Moraes que ecoam e ecoarão nas minhas lembranças na voz do Zé Cláudio...

Sei que é bem coisa de fã, mas é isso mesmo...
#GraciasZéCláudio

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