Ontem quando – através da internet – três bons amigos – quase que ao mesmo tempo - contaram-me que José Claudio Machado havia falecido na capital, o que senti aproximou-se e muito daquilo que a gente – ser humano “racional” de alma e carne – sente ao perder alguém de muita estima. Minha proximidade com ele – o cantor Zé Claudio – tinha início na distância percorrida pelo disco até o aparelho que o reproduzia e – bueno – não se encerrava mais; as obras vestidos co’a voz de Zé Claudio, embora intérprete incontestável, não me vinham como trilhas em direção ao campo aberto mas como o fogo que aquece a água e como as mãos, que depois do mate pronto, me alcançavam cepos e cuias que “inté” pareciam ter ouvidos atentos e sábias bocas pra os mais acertados conselhos!
Não lamento sua partida como amigo próximo e franco; ouso me sentir Rio Grande, pátria e querência e choro – como nação – a falta incalculável que ele nos fará; me vejo galpão – colégio da raça – e “quase” beijando o chão lamento a queda de mais um esteio! Não é a falta de cantores - a cada fim de semana nossos festivais mostram que este dom se recicla - mas é a falta de CANTORES com letras graúdas e um sentimento... um respeito pelo chão onde pisam, maior ainda!
O cantar galponeiro de José Claudio Machado evoca a voz séria e tão mansa que meu avô possui, que os homens antigos possuem; ANTIGOS, um dia em idade todos seremos pero em sentimento e respeito, como estes, temo que não!
Rafael Machado
13/12/2011
Santo Antônio – Missões – RS.
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