MENESTREIS
Ritmo: Moda de Viola
Letra: Kadinho Freitas
Música: Vilson de Freitas
No luminoso varal
Da poesia de cordel
Lembrei-me do menestrel
Jayme Caetano Braun
Saudoso poeta imortal
Pajador do meu Estado
Sentir seu canto afinado
Á sertanejos trovadores
É o eco dos cantores
Das tradições do passado
A poesia é uma lente
Cruzando a tela do tempo
Pois vejo a todo o momento
Surgir bem na minha frente
Passado virar presente
Na tradição de cada povo
Pois se tudo que é bem novo
Acaba ficando velho
O que era ainda mais velho
Acaba ficando novo
“Estes são meus relicários
Redescobrir menestreis
Doutores sem aneis
De cursos universitários
Verdadeiros operários
A serviço da beleza
Mesmo sentindo a crueza
Da vida e do mundo concreto
Falam o mesmo dialeto
Do canto da natureza”
Pois não importa o rincão
Onde vive um trovador
Seja no frio ou no calor
Na choupana ou no galpão
Seja no fogo de chão
Ou um candeeiro bem no centro
Traduzindo sentimento
Estarão os dois irmanados
Postos lado a lado
Na geografia do tempo.
Em tons diferenciados
Cantam estas aves artistas
Em quadras renascentistas
E quando na rima entoados
Soam como dobrados
Floreio de aves nativas
Suassunas e Patativas
Atahualpas e Caetanos
Caboclos e pampeanos
Nossas tradições mais Vivas
Por isso que é natural
Pajadores, repentistas
Na veia desses artistas
Corre o sangue medieval
Este eco ancestral
Que veio de além mar
Juntando em um só lugar
Sertanejo e peão
Unindo pampa e sertão
Em apenas um linguajar
Pois não importa o rincão
Onde vive um trovador
Seja no frio ou no calor
Na choupana ou no galpão
Seja no fogo de chão
Ou um candeeiro bem no centro
Traduzindo sentimento
Estarão os dois irmanados
Postos lado a lado
Na geografia do tempo.
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