terça-feira, 13 de maio de 2014

César Oliveira & Rogério Melo são finalistas do 25º Prêmio da Música Brasileira



João Cléber Caramez
joao.caramez@gaz.com.br

A dupla César Oliveira e Rogério Melo completou 13 anos de estrada em 2014. Criados em São Gabriel, os amigos formaram a parceria ao gravar Das Coisas Simples da Gente. O trabalho campeiro, com temáticas do cotidiano fronteiriço, conquistou o coração dos gaúchos aos poucos. O sucesso foi questão de tempo. Desde então, os reconhecimentos foram acumulados no currículo, ao longo de 12 CDs e três DVDs. Fora as premiações nos festivais nativistas, pelas composições ou interpretações, a projeção excedeu as divisas deste sul de continente.

César Oliveira e Rogério Melo voltam ao Theatro Municipal do Rio para o 25º Prêmio da Música Brasileira
Ao Prêmio da Música Brasileira, uma iniciativa do Ministério da Cultura, foram quatro indicações (2007, 2008, 2012 e 2014). Em 2008, com premiação de Melhor Dupla Regional por O Campo.
Amanhã, César Oliveira estará no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na cerimônia de entrega dos troféus.

O álbum Era Assim Naquele Tempo... concorre na categoria Álbum Regional com Meu Deus, que País é Esse!, de Cajú e Castanha, além de Brasil com “S”, de Valdo e Vael. “É uma satisfação para nós. A expectativa é grande em relação ao prêmio. Atribuímos as indicações ao nosso empenho e dedicação. Elaboramos bastante cada disco, tentamos nos aproximar ao máximo do que acreditamos ser o ideal. É uma conquista para toda a música gaúcha, não só para nós”, afirma Rogério Melo.

 A Dupla está trabalhando em um novo disco chamado Cancioneiro do Rio Grande – Volume 1. “O César conheceu o Luiz Menezes há dez anos. A partir do encontro deles, surgiu esta ideia de resgatar o trabalho musical do Rio Grande do Sul ao que se refere ao cancioneiro, com composições de José Mendes, Telmo de Lima Freitas, Teixeirinha, Gildo de Freitas, Lupicínio Rodrigues e outros. Vai funcionar como uma linha do tempo, em três volumes. O primeiro está em fase de finalização e deve ser comercializado nos últimos dias de maio”, explica Rogério Melo.

As regravações de Última Lembrança, de Luiz Menezes, e O Roubo da Gaita Velha, de Telmo de Lima Freitas, já foram disponibilizadas aos fãs no site oficial. No disco anterior, o músico Cerejinha foi lembrado pela dupla, em uma homenagem repleta de nostalgia. “Quando eu e o César éramos crianças, ouvíamos um programa apresentado pelo Joel Moreira, em uma rádio de São Gabriel. Como é Lindo o Meu Rio Grande rodava todos os dias. É uma música que não saiu da cabeça. Decidimos gravar essa vaneira na abertura do disco e ainda encerramos com o xote Gaudério, também do Cerejinha”, relatou Melo.

GRAMMY

Outro motivo de orgulho para a música nativista foi a inédita indicação da dupla ao Grammy Latino em 2013, na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras. Rogério Melo esteve na entrega em Las Vegas, no dia 21 de novembro. O troféu foi para Salve Gonzagão: 100 Anos. “A indicação foi muito importante para o nosso trabalho. É sinal de que temos projeção, que nossa abrangência é maior do que podemos imaginar. Compareci ao evento, pilchado, o que não provocou tanta estranheza. Nos Estados Unidos, existem pessoas de diversas partes do mundo, com culturas completamente distintas. A indumentária provoca mais curiosidade no Rio”, finaliza Rogério Melo.

Conheça a História do Prêmio da Música Brasileira



Em 1987, o então Prêmio Sharp surgiu como um novo incentivo na cultura brasileira, era a festa que faltava para celebrar a diversidade da música produzida em todos os cantos do Brasil!

O Prêmio da Música Brasileira passou por diversas fases. Por mais de dez anos foi chamado de Prêmio Sharp (1987 a 1998). Também recebeu o nome de Prêmio TIM de Música (2003 a 2008).

Ao longo de todos estes anos, seu idealizador, José Maurício Machline contou com diversos parceiros. Mas o ano de 2009 foi especialmente marcante. Machline resolveu realizar a Premiação sem patrocínio apenas com a ajuda de amigos, artistas e fornecedores, comprovando a importância do Prêmio da Música para a cultura Brasileira. A 20ª edição homenageou Clara Nunes e marcou a história do Prêmio.

Desde a 21ª edição, em 2010, o Prêmio da Música Brasileira é patrocinado pela Vale que mantém a parceria até hoje.

Em 2013, o homenageado da 24ª edição foi Tom Jobim, um dos grandes nomes da música do país. Assim como João Bosco, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi, Maysa, Elizeth Cardoso, Luiz Gonzaga, Ângela Maria & Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento, Rita Lee, Jackson do Pandeiro, Maria Bethânia, Gal Costa, Ary Barroso, Lulu Santos, Baden Powell, Jair Rodrigues, Zé Kéti e Dominguinhos, Clara Nunes, D. Ivone Lara e Noel Rosa.

Em sua 25ª edição, o Prêmio da Música Brasileira vai homenagear, pela primeira vez, não um artista, mas um ritmo: o Samba.

O Prêmio da Música Brasileira pede passagem e faz história!

Veja abaixo a lista de homenageados e premiados de todas as edições!

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