quarta-feira, 24 de abril de 2013

ABRAÇO - Reponte Linha Campeira

ABRAÇO
(Cruz Alta)
Ritmo: Chamarra
Letra: Jorge Nicola Prado
Música: Arthur Bonilla

Abraço é vento na cara... sol da manhã... voz de sanga...
Cheiro, “doce” de pitanga nos folguedos de guri...
Abraço é casa paterna, na qual viveu-se ou se vive
É sabiá cantando, livre, nessas matas... por aí.

É mão, fraterna, de amigo, na hora em que falta o chão...
É olhar, tranquilo, do cusco junto ao dono, sem fastio
É amargo compartilhado no aconchego do galpão
É um dourado quando salta nos braços longos do rio.

É mão que oferece o mate no estribo de quem se vai
É o aconchego do catre se a vida não anda só...
Aprisiona libertando tipo conselhos de pai
Convence a estrada, comprida, a nem perceber o pó!

Abraço busca horizontes sem as ganas de partir
É mais que apertar o laço no couro bruto da rês
É perceber, lá na essência, razões pra nunca se ir
Coisas que a morte não mata e o tempo nunca desfez.

Pedaço do paraíso quem cultiva é quem mais tem...
Abraço é colher saudade do que, de bom, se plantou
Feito cavar olho d’água... retempera e só faz bem
É afeto que não se mede... só se vê o que transbordou.

É tarde de ressolana numa sombra de tapera
Abraço é mel da florada que a primavera benzeu
É o retornar ao carinho dos braços de quem espera
É o sorriso da criança que só o amor concebeu.




Luz: aquilo ou aquele que esclarece, ilumina, guia ou evidencia algo. Cintilação, brilho. (Aurélio)

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