PRA CADA ENCONTRO DA VIDA...
(Pelotas)
Ritmo: Rasguido Doble
Letra: José Carlos Batista de Deus e Márcio Nunes Correa
Música: Cícero Camargo
Trago um cavalo de muda pra cada encontro da vida!...
Trote largo do meu pingo de novo volto pra estrada
e a noite recém chegada aninha o sono do poente,
assim compreendo esse mundo nos ofícios que disponho
e até sonho nos arreios lembrando da minha gente.
Da cachorrada ovelheira que são soldados na escolta
que me procuram na volta tal meu zaino malacara,
e o meu pegador nos tentos quase alma enrodilhada
que é meu recurso e mais nada se um zebuzito dispara.
Quem tem o sumo do campo como municio pra vida
carrega a lida trançada em cada causa que abraça,
e seus cavalos de mudas são os recuerdo que tem
pra ser alguém em seu mundo a cada dia que passa.
E a linda que me entrego num olhar destes noiteiros,
que são mais do que luzeiros, pois tem ternuras de lua,
ou o falar de um antigo que sabe honrar a querência
e retrata a resistência trazida das cordas cruas.
Por isso também o canto é um cavalo de muda,
que ajuda a alma inquieta a descobrir seu caminho...
igual ao canto de aboio que alinha a tropa na estrada
meu verso vai de mãos dadas pra nunca andejar sozinho.
Obs.: Esta versão da letra, a qual será utilizada caso a composição seja classificada, está ligeiramente atualizada em relação à cantada na gravação.
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