RECANTOS DA ALMA
Ritmo: Milonga
Letra: Artur Eugênio Presser
Música: Artur Eugênio Presser
Hoje senti o gosto amargo e derradeiro
de ficar com a tua ausência nos meus braços,
foi como se uma tropilha me pisoteasse,
deixando o meu coração em pedaços.
Despacito, percebi o que te ia à alma,
tua voz pedindo contas daqueles desafios
que a tua herança fronteiriça carrega:
cantar o pampa, transpor matas e rios.
Apesar da distância, eu andejo ao teu lado,
nos recantos da alma eu respiro poesia,
as recordações de amor ainda tão vivas,
à espera, minha linda, de tuas melodias.
À meia-luz do rancho, a sombra da saudade
versos ressonantes em mim despertou,
sorvendo amargas lembranças de auroras perdidas,
esperança que no meu peito restou.
Por precisão, desencilhei os meus sonhos aqui
neste chão que fez de mim o que eu hoje sou,
em nenhum outro lugar vão te ver como eu vejo,
pois por tua causa eu ergui taperas de amor.
Apesar da distância, eu andejo ao teu lado,
nos recantos da alma eu respiro poesia,
as recordações de amor ainda tão vivas,
à espera, minha linda, de tuas melodias.
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